Ameaça ao Radioamadorismo agora é Política (1 de abril)
Até agora, o maior impedimento para o avanço da tecnologia PLC – Power Line Communication, foi o alto custo para mitigar as interferências em outros serviços de comunicação que compartilham o espectro eletromagnético.
Os radioamadores, rádios broadcastings e serviços de comunicação
privados ganharam uma batalha sobre o PLC, mas a guerra contra as
tecnologias sujas ainda está só começando.
Segundo um documento ainda não-oficial, vazado na Internet para
vários portais de notícias sobre radioamadorismo, o fim do nosso hobby
como o conhecemos deve ocorrer em 2020.
A ameaça agora é política
O documento sugere que os custos da tecnologia PLC seriam
drasticamente reduzidos se os atuais padrões de prevenção de RFI
(Interferência por Rádio Frequência) a outros serviços como radioamador,
rádios broadcastings e Faixa do Cidadão no segmento de Ondas Curtas
fossem retirados.
Além disso, o documento ainda sugere um Projeto de Lei à UK
Telecommunications (equivalente à ANATEL na Inglaterra) e à outras
agências reguladoras da Comunidade Europeia retirando os privilégios de
proteção contra interferência das estações broadcasting, radioamadores e
serviço da faixa do cidadão.
Como argumentos para a implantação das sugestões, o documento declara
que “as estações de broadcasting estão em rápido declínio, a maior
parte da programação está migrando para a Internet” e ainda que “a
finalidade da Faixa do Cidadão em ser um serviço de comunicação pessoal
foi amplamente substituído pelos celulares”.
Sobre o Serviço de Radioamador, o documento é ainda mais radical:
O Serviço de Radioamador transporta comunicação sem qualquer importância que poderia ser feita usando a rede de telefones celulares ou a Internet. O uso das bandas de radioamador é puramente recreativo e poderia ser substituído por simulações online e serviços de conversas VoIP. Os radioamadores poderiam ocupar o segmento acima de 400MHz que de outra forma seria vendido para a iniciativa privada. Eles poderiam fazer seus experimentos mais confortavelmente, já que no segmento de ondas curtas (HF) nunca terão uma recepção livre de interferência.
A razão para tanto empenho para remover a proteção às nossas
frequências fica clara quando vê-se que a adoção das tecnologias
inovadoras, que são notadamente causadoras de interferências em HF, deve
se tornar obrigatória em breve. No capítulo final, o documento
justifica suas sugestões na eventual crise energética que a Comunidade
Europeia pode enfrentar em 2020.
Para atingir a meta de redução de emissão de carbono e efetiva
desativação de usinas nucleares pelo seu perigo iminente, a Comunidade
Europeia aprovará uma Lei que determinará que 80% das propriedades
utilizem smart_grids, um dispositivo que converte energia solar
em elétrica e permite que a energia excedente seja compartilhada com a
rede pública de distribuição elétrica. Estes smart_grids usam tecnologia PLC para informar o consumo e a quantidade de energia enviada para a rede pública em casa propriedade.
Os principais interessados na adoção dessa tecnologia são fabricantes
chineses. O documento também informa que as empresas chinesas
realizaram um estudo no qual determinaram que o custo unitário do smart_grid pode ser até 50% menor caso não fosse necessário eliminar as interferências em HF através de filtros notch e passa-faixas.
A conclusão do informe é “o custo para proteger o espectro de ondas
curtas (HF) das tecnologias que serão essenciais para reduzir as
emissões da Europa na próxima década e manter o bem-estar dos cidadão
europeus são simplesmente proibitivos” e chama atenção que a o
Parlamento da Comunidade Europeia aprove estas reformas até 1 de abril de 2012.
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